Em "Moon", assim como a Mulher-Maravilha, uma mulher europeia tenta resgatar três irmãs na Jordânia.

A OPINIÃO DO MUNDO – IMPERDÍVEL

Foram necessários aqueles ombros de boxeador, aquele olhar metálico que esmagava a época, mas também aqueles cabelos loiros de princesa para encarnar a heroína indefinível de Moon , o segundo longa-metragem do cineasta Kurdwin Ayub, vencedor do Prêmio Especial do Júri em Locarno (Suíça) em 2024. É a performer austríaca Florentina Holzinger , trintão-e-pouco, ex-lutadora de MMA e kickboxing, cujos shows hardcore estão esgotados, que interpreta o papel principal: uma espécie de Mulher-Maravilha que foi enviada à Jordânia para treinar mulheres em combate, por assim dizer.

E não é por acaso que o lançamento de Moon coincidiu com as datas da turnê francesa da nova criação de Holzinger, Ophelia's Got Talent , que foi apresentada no La Villette, em Paris, de 30 de junho a 5 de julho. Quanto à diretora, nascida no Iraque em 1990, antes de crescer em Viena, ela usa sua dupla cultura para nos contar uma história de perspectivas cruzadas, incisiva e de tirar o fôlego, entre o Ocidente e o Oriente Médio.

Moon começa como o último Superman de James Gunn , em meio ao fracasso. Vemos Sarah (Florentina Holzinger) em uma posição difícil no ringue, presa sob o corpo de uma oponente estrondosa. Ela não é mais a rainha imbatível e está entediada com sua vida cotidiana como treinadora de iniciantes.

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